quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Afeto alternativo



É interessante o modo que o ser humano precisa de um ao outro, principalmente quando se trata do sexo oposto. Mas quando percebemos isso, aliás, quando percebemos diretamente uma pessoa que influencia de tal modo que torna-se necessária, quase que indispensável? Pois é, a vida é cheia de surpresas, porque quando menos esperamos aparece esse alguém. E essa pessoa te faz bem, quase efeito de nicotina. Essa pessoa te faz rir, te faz suspirar, te faz planejar, almejar metas e te faz ter vontade de fazer coisas ao qual você não tinha a pretenção de fazer. Essa pessoa não precisa estar presente o tempo todo, porque ela não sai da sua mente involuntariamente. Poriso olhe a sua volta, pois essa pessoa está ali lhe procurando também. E quando a encontrar, cuide-a, ame-a.. cultive o carinho e o amor, para que seja único e completo desta forma.

Futuro não muito distante..



Tive um pressentimento bom hoje sobre o futuro. Não sei o que esperar, muito menos o que vai acontecer, mas como vai ser quando eu tiver a idade dos meus pais e dos meus avós? Se eu pudesse escolher, certamente teria um emprego bom, e ter uma rentabilidade boa. E como ninguém é feliz sozinho, um namorado cairia muito bem -futuro marido, provavelmente-. Após alguns anos do casamento lindo a beira mar, viria o casal de gêmeos ruivos, ou até mesmo com olhos puxados se for recessivo e puxar ao pai. Uma casa de dois pisos, e como naqueles velhos filmes americanos, casa sem cercado. Além disso, um lago com peixes e uma linda figueira onde eu poderia colocar o balanço de pneu dos pequenos. E não poderia faltar os cachorros! De preferência um casal de boxers caramelo e muito babões! O tempo passaria, e os gêmeos cresceriam, fariam faculdade e constituiriam família. Então eu e meu velho marido comprariamos uma chácara com um chalé branco, com varanda virada para o pôr-do-sol, perto das plantações. Eu esperaria meus netinhos ruivos com biscoitos recém saídos do forno e bolo de chocolate. Mas o que eu mais quero mesmo é sentar na varanda com meu marido, tomar um chimarrão e lhe falar o quando foi boa minha vida ao seu lado e que se pudesse repetiria tudo novamente. 

Até quando aguentar?


Não sei até onde ir, muito menos que caminho seguir. Há momentos que me perco diante meus próprios olhos, e a incerteza toma conta de mim. Porque ainda sinto isso? Todo dia, toda hora, em todo lugar. Ali dentro permanece petrificado, mas a dor é constante. Eu queria me manter assim, até mesmo com essa foice cravada em meu peito, mas me manteria. E sei, mesmo que novos pensamentos, novas lembranças e novas atitudes tomarem conta de mim, lá ainda vai doer.. Afinal, você deixou marcas.